Uma mulher em plenitude consigo mesma, em meio à natureza, como uma deusa geradora da vida. No seio esquerdo, um broto com galhos, folhas e flores revela muito sobre onde antes havia uma cicatriz de mastectomia.

O grafite duplo, criado pela artista Mari Pavanelli, ocupa duas empenas de um edifício de 24 metros de altura na rua Domingos de Morais 907, na esquina com a Vergueiro, e retrata a história real de mulheres que convivem com câncer de mama.

A pintura ressignifica não só o cenário cinza, mas o diagnóstico, por meio do encontro entre arte e saúde, entre ciclos da vida e renascimento, entre medo e esperança.

A iniciativa faz parte do projeto Artemisa, criado pelo produtor cultural Igor Cayres, com coordenação da Yabá Consultoria, e está em sua 3ª edição. É apoiado pela Pfizer, via Lei de Incentivo à Cultura, e integra a programação do movimento Coletivo Pink. Desenvolvido em parceria com as principais associações de pacientes do país, a iniciativa apresenta uma outra face do diagnóstico: uma sequência de cuidados e não uma sentença de morte.